Brincar
é muito sério! Infelizmente, hoje muitas
crianças têm dificuldades na parte motora, cognitiva e afetiva pela ausência do
brinquedo e da brincadeira.
Você
já deve ter ouvido falar que o brincar é tão
essencial à criança quanto o trabalho é para os adultos.
Atualmente no consultório, deparamos com crianças que
não brincam, consequentemente têm dificuldades para aprender,
muitas não tem interesse, não tem entusiasmo, não demonstram sensibilidade e
não desenvolvem afetividade.
O brincar é a linguagem infantil, uma maneira que as crianças
utilizam para falar não convencionalmente, mas para se expressar e demonstrar seus
sentimentos, suas vontades e suas inquietudes.
Segue abaixo um orientador por idade e características específicas
de cada etapa:
0 a 2 anos - Idade
para movimentar-se!
O bebê começa a conhecer o mundo através dos sentidos. Utilize,
portanto, móbiles para a experiência auditiva e visual, especialmente os
sonoros.
Os brinquedos de borracha em forma de animais, os carrinhos são
muito atrativos e desenvolvem o tato e se tiver cheirinho, também desenvolve o olfato.
Eles também adoram objetos que imitem sons, bonecos de tecido,
brinquedos de puxar e empurrar, mordedores e cubos para empilhar.
O
importe nesta faixa etária é que todos os brinquedos devem ser de tamanho
grande para que a criança não engula.
Não
recomendamos o uso de tecnologias nesta fase,
pois prejudica o desenvolvimento cerebral, prejudicando as funções executivas (processo cognitivo
responsável pelo planejamento e execução das atividades envolvendo memória,
controle dos impulsos, atenção, organização, manejo do tempo, entre outras habilidades) o que pode futuramente
prejudicar a aprendizagem.
2 a 3 anos – Idade
para descobrir!
A criança já consegue se movimentar sozinha. Aposte nos brinquedos
para estimular atividades físicas, como objetos para puxar e empurrar,
triciclos, bolas, cavalinho de balanço, blocos de montar.
Eles adoram animais de tecido e pelúcias, bonecos, caixas com
objetos para tirar, colocar, encaixar; brinquedos que mostram reação a uma ação
(por exemplo, uma criança aperta a mão da boneca e ela fala); blocos com diferentes
cores. Nesta
fase, também é importante os brinquedos sejam de tamanhos grandes para não oferecer perigo de engolir.
Também não recomendamos o uso de tecnologias.
3 a 6 anos – Idade
para fazer de conta!
A
criança adquiri cada vez mais destrezas, sendo importante nesta fase desenvolver
ainda mais as atividades motoras amplas e finas oferecendo: triciclos,
bicicletas, patinetes e massinha.
Eles também gostam de miniatura de objetos que imitem a vida real.
Para estimular a imaginação, vale a
pena investir em fantasias, máscaras e fantoches. Estimule também jogos simples
de regras como
dominó e quebra-cabeças com nível fácil.
Eles adoram pintar, desenhar, brincar de massinha, argila, blocos,
lego, jogos em turma, casinha, bonecos com acessórios, carros e motos.
Nesta fase do desenvolvimento as crianças podem interagir com as tecnologias,
mas não poder exceder o tempo de 1 hora.
6 a 11 anos – Idade
para pensar e criar!
Mais socializada a criança se interessa por inovações e
descobertas. Ofereça brinquedos que desenvolvam atividades intelectuais,
físicas e os que envolvam desafios como,
por exemplo, um quebra-cabeça avançado.
Eles adoram robôs, patins, bicicletas, brinquedos de construção, jogos
no computador, veículos em miniatura, brinquedos com super-heróis ou
personagens de desenhos e filmes.
Nesta fase do desenvolvimento, as crianças podem interagir com as tecnologias, mas não poder exceder o tempo de 1 hora.
A partir de 11 anos –
Idade para avançar, inovar, estimular!
Esta é uma fase de estimular a imaginação e o raciocínio lógico. O
pré-adolescente se interessa por jogos mais sofisticados e complexos!
Eles adoram jogos de tabuleiro, de computador, de celulares, pebolim,
pingue-pongue, autoramas, ferroramas, bicicletas e skates.
Agora
muita atenção! Estabeleça um horário para a criança brincar com os jogos
eletrônicos. Orientamos nessa idade, a restrição de 2 horas por dia, não mais
que isso!
O
uso excessivo das tecnologias deixam as crianças mais passivas, com dificuldades em interagir ou ter
contato físico com outras pessoas. Grande possibilidade de ter prejuízo na
atenção, concentração, pode limitar também o movimento e consequentemente o rendimento acadêmico e a alfabetização, sem contar
que podem prejudicar o sono e desenvolver a obesidade.
Aproveitem os brinquedos e brinquem com os seus filhos
enquanto eles querem brincar com você! Você não está perdendo tempo, você está
investindo no futuro de seu filho!
Um grande abraço e
até mais!
Andréa
Soares Delfin
Mestre em Políticas Públicas de Educação
Especialista em Psicopedagogia e
neuroaprendizagem
Professora Titular do Curso de Pós em
Psicopedagogia
Neuropsicopedagoga clínica
ABPp: 12069
andrea.delfin@inaspe.com.br
ABPp: 12069
andrea.delfin@inaspe.com.br
Andréa Preto
Pedagoga e
Psicopedagoga
Professora Titular do
Curso de Pós em Psicopedagogia
ABPp: 12850